(ENEM2011)
Completamente analfabeto, ou quase, sem assistência médica, não lendo jornais,
nem revistas, nas quais se limita a ver as figuras, o trabalhador rural, a não ser
em casos esporádicos, tem o patrão na conta de benfeitor. No plano político,
ele luta com o “coronel” e pelo “coronel”. Aí estão os votos de cabresto, que resultam,
em grande parte, da nossa organização econômica rural.
LEAL,
V. N. Coronelismo, enxada e voto.
São Paulo: Alfa-Ômega, 1978 (adaptado).
O coronelismo, fenômeno político da
Primeira República (1889-1930), tinha como uma de suas principais características
o controle do voto, o que limitava, portanto, o exercício da cidadania. Nesse
período, esta prática estava vinculada a uma estrutura social:
A igualitária, com um nível satisfatório de
distribuição da renda.
B estagnada, com uma relativa harmonia entre as classes.
C tradicional, com a manutenção da escravidão nos engenhos
como forma produtiva típica.
D ditatorial, perturbada por um constante clima de opressão
mantido pelo exército e polícia.
E agrária, marcada pela concentração da terra e do poder
político local e regional.
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