quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
Política e Desigualdade
Exercício
1: (FUVEST 2009)
O Brasil é uma República
Federativa que apresenta muitas desigualdades regionais. Confrontando-se dois
aspectos – a igualdade jurídica entre os Estados-membros e as disparidades
econômicas entre as regiões – pode-se afirmar que:
A)
o desequilíbrio econômico regional vem sendo, ao
menos parcialmente, atenuado pelo menor número de representantes do Sudeste no
Congresso Nacional, em comparação aos do Norte e Nordeste.
B)
a região
Norte é a menos representada no Congresso Nacional, fato notável principalmente
no Senado, derivando daí uma situação de desigualdade perante as demais
regiões.
C)
a região
Sul goza de ampla maioria de representação no Congresso Nacional, o que lhe tem
permitido obter vantagens na redistribuição dos repasses federais.
D)
o
princípio da igualdade, garantido pelo número fixo de senadores por Estado,
permite uma distribuição equilibrada dos repasses federais, entre as diferentes
regiões do país.
E) os Estados nordestinos, apesar de
sua pouca representatividade no Congresso, vêm assumindo liderança na definição
das políticas monetária e cambial no país.
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
Bom texto para começar o ano refletindo com nossos alunos.
Minhocas acham tudo normal
Vito Giannotti
Começa
mais um ano: calor, cerveja, carnaval, futebol, novela, big brother e
até o papa virá ... Tudo normal. Tudo normal, não! Para os conservadores
pode até estar tudo certo. Para os revolucionários, não. Se os
primeiros continuam achando, como sempre acharam , que nada é possível
mudar porque a eles interessa que nada mude, para nós o Ano Novo traz a
brisa que nos incentiva a lutar por um novo mundo, um novo sistema.
O
pensamento conservador permeia a sociedade e faz com que muitos
reproduzam esta forma de ver o mundo. Por isso, é comum ouvirmos o
trabalhador mais simples, a quem mais interessam as mudanças, dizer nos
elevadores dos prédios das cidades: “É assim mesmo; sempre foi assim.
Fazer o quê?” O pensamento conservador faz com que as pessoas aceitem
tudo como está. “Não precisa mudar”. “Não dá para mudar”.
O
revolucionário, por sua vez, não aceita nada como definitivo, imutável,
“imexível”. Indigna-se com quase tudo e se dispõe a combater o que
considera errado. Muitos alimentam-se desta passagem dos anos para se
perguntar: “O que dá para mudar? O que precisa mudar? O que fazer?”
Primeiro passo: abrir os olhos
Há
dois grupos de jovens cariocas, um de funk, outro de rap, que adoro. O
MC Leonardo canta um funk com um refrão muito explícito: “Tá tudo
errado! Tá tudo errado!”. O Bonde da Cultura, grupo de jovens
revolucionários, num de seus raps, repete mais dez vezes: “Vamos
derrubar o sistema”.
É... mas para derrubar o
sistema e construir outro é preciso estar informado, de tudo. Saber
quantos pobres, pretos, favelados foram assassinados na noite de Natal
pela polícia a serviço do sistema. Não basta saber que a Índia é campeã
mundial de hanseníase, isto é, lepra. É preciso saber que o Maranhão
supera o índice da Índia e que aqui no Rio, no coração das futuras
Olimpíadas, há o município de São João de Merití que supera o índice do
Maranhão.
Na Venezuela de Chávez não há mais
analfabetismo. O mesmo na Bolívia com Evo Morales. E aqui no nosso país,
quantos analfabetos há? Analfabetismo não é normal. Conviver com o
racismo e o preconceito racial tão caro à elite escravagista que sempre
controlou o nosso país, não é normal.
E desde
quando é normal o salário mínimo ser dos mais baixos da América Latina e
a mídia, capitaneada pelo jornal O Globo reclamar de um aumento de R$ 4
além do valor estabelecido pelo governo, em 2012, para 2013?
Não
é normal. Assim como não é normal não ter nenhum torturador da Ditadura
de 1964 presos quando há generais ex-presidentes presos na Argentina,
Uruguai e Chile.
Segundo passo: se organizar
Ter
consciência é mesmo o primeiro passo. O seguinte é se juntar às
organizações existentes ou criar novas: partidos, sindicatos, centrais,
associações, uniões de jovens, de velhos, de rebeldes, de todo tipo de
inconformados e forçar mudanças, de mil formas.
Mudanças
na vida prática, nas leis e na visão de mundo de milhares e milhares.
Para isso, precisa fazer mil coisas. Uma das principais é criar nossos
canais de comunicação. Sim, criar nossa mídia, cada vez melhor e mais
forte.
O ano de 2013 está aqui. Vamos domá-lo, que nem um cavalo bravo!
Mãos à obra. Brasil de Fato faz 10 anos. Parabéns! Vamos potencializá-lo, e que mais 10 conjuntos de comunicação de esquerda nasçam neste 2013.
Fonte: Jornal Brasil de Fato janeiro;2013
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