segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Hobbes: Leviatã



Porque as leis de natureza (como a justiça, a equidade, a modéstia, a piedade, ou, em resumo, fazer aos outros o que queremos que nos façam) por si mesmas, na ausência do temor de algum poder capaz de levá-las a ser respeitadas, são contrárias a nossas paixões naturais, as quais nos fazem tender para a parcialidade, o orgulho, a vingança e coisas semelhantes.
HOBBES, Thomas. Leviatã. Cap. XVII. Tradução de João Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p. 103.
Em relação ao papel do Estado, Hobbes considera que: 

A) O seu poder deve ser parcial. O soberano que nasce com o advento do contrato social deve assiná-lo, para submeter-se aos compromissos ali firmados.
B) A condição natural do homem é de guerra de todos contra todos. Resolver tal condição é possível apenas com um poder estatal pleno.
C) Os homens são, por natureza, desiguais. Por isso, a criação do Estado deve servir como instrumento de realização da isonomia entre tais homens.
D) A guerra de todos contra todos surge com o Estado repressor. O homem não deve se submeter de bom grado à violência estatal.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Charge Governo x cidadão


Maquiável e o Estado



(ufu)
Em seus estudos sobre o Estado, Maquiavel busca decifrar o que diz ser uma verità effettuale, a verdade efetiva‖ das coisas que permeiam os movimentos da multifacetada história humana/política através dos tempos. Segundo ele, há certos traços humanos comuns e imutáveis no decorrer daquela história. Afirma, por exemplo, que os homens são ingratos, volúveis, simuladores, covardes ante os perigos, ávidos de lucro‖. (O Príncipe, cap. XVII)
Para Maquiavel:
A) A verdade efetiva‖ das coisas encontra-se em plano especulativo e, portanto, no dever-ser.
B) Fazer política só é possível por meio de um moralismo piedoso, que redime o homem em âmbito estatal.
C) Fortuna é poder cego, inabalável, fechado a qualquer influência, que distribui bens de forma indiscriminada.
D) A Virtù possibilita o domínio sobre a Fortuna. Esta é atraída pela coragem do homem que possui Virtù.

sábado, 15 de agosto de 2015

Mercadoria e Trabalho

(UEL – 2006) O misterioso da forma da mercadoria reside no fato de que ela reflete aos homens as características sociais do seu próprio trabalho, como características objetivas dos próprios produtos do trabalho e, ao mesmo tempo, também da relação social dos produtores com o trabalho total como uma relação social existente fora deles, entre objetos. (Adaptado: MARX, Karl. O Capital. São Paulo: Nova Cultural, 1988. p. 71.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, é correto afirmar que, para Marx:
a) As mercadorias, por serem objetos, são destituídas de qualquer vinculação com os seus produtores.
b) As mercadorias materializam a harmonia presente na realização do trabalho alienado.
c) Os trabalhadores, independentemente da maneira como produzem a mercadoria, são alijados do processo de produção.
d) As mercadorias constituem-se em um elemento pacificador das relações entre patrões e trabalhadores.
e) A mercadoria, no contexto do modo capitalista de produção, possui caráter fetichista, refletindo os aspectos sociais do trabalho.

Classes Sociais



(UFU?2013) Temos um trabalhador numa determinada indústria. Suponhamos que ele conheça o dono da pequena indústria em que trabalha e que tenha até uma boa amizade com ele. Em determinado momento, porém, acontece uma greve. Apesar da amizade entre o trabalhador e seu patrão, provavelmente durante a greve ambos estarão colocados em lados opostos.

TOMAZI, Nelson. Iniciação à Sociologia. São Paulo: Atual, 1993. p. 13-14.

Este exemplo, tomado para introduzir uma reflexão sobre conceitos elaborados por Marx, em sua crítica à sociedade capitalista, remete, claramente, à noção de “classes sociais”, entendida no marxismo como 

A) grupos de indivíduos que compartilham os mesmos motivos para realizarem ações sociais.
B) grupos de indivíduos que agem de forma semelhante em face de um mesmo fato social.
C) grupos de indivíduos que possuem a mesma crença com relação aos valores que precedem suas ações.
D) grupos de indivíduos que ocupam uma mesma posição nas relações sociais de produção.

A Classe Operária

       Considere os trechos a seguir.
 A classe operária não pode apossar-se simplesmente da maquinaria de Estado já pronta e fazê-la funcionarcpara os seus próprios objetivos.(MARX, Karl.A revolução antes da revolução. São Paulo: Expressão Popular, 2008, p.399.)
 
Também do ponto de vista histórico, contudo, o “progresso” a caminho do Estado regido e administrado segundo um direito burocrático e racional e regras pensadas racionalmente, atualmente, está intimamente ligado ao moderno desenvolvimento capitalista. (WEBER, Max.Parlamento e governo na Alemanha reordenada: crítica política do funcionalismo e da natureza dos partidos. Petrópolis:Vozes, 1993, p.43.)
 
       Com base nos trechos, compare as concepções clássicas de Estado formuladas nas obras de     Karl Marx e Max Weber.
QUESTÃO 1 – EXPECTATIVA DE RESPOSTA

     Resposta esperada
Espera-se que o candidato demonstre conhecimento e aplicação do conceito de Estado em Marx e Weber. A aplicação
dos conceitos dos autores para a compreensão do Estado será revelada se o condidato, além de apresentar os con-
ceitos, for capaz de, por meio da comparação, estabelecer as relações entre as duas compreensões teóricas distintas.
A visão de Estado como aparato da classe dominante, no capitalismo, a classe burguesa; a visão de Estado como
dominação racional baseada na organização burocrática e impessoal

terça-feira, 7 de julho de 2015

Só a Educação Produz Cidadania



1)   (UFPE) Observe a charge a seguir:

http://digosemmedo.blogspot.com.br/2011/08/so-educacao-produz-cidadania.html


Notamos nela a presença de um processo social importante para a compreensão das mudanças e/ou transformações que ocorrem de forma contínua e que refletem determinados tipos de relações sociais:
A)      O processo social nela apresentado é denominado conflito, pois destaca um grupo em rivalidade buscando uma educação mais justa.
B)       A cidadania produzida pela educação é um processo dissociativo e se encontra em constante transformação.
C)       A cooperação na construção de uma educação cidadão permite que dois ou mais indivíduos atuem em conjunto para tornar o seu grupo mais atuante na formação de uma sociedade mais justa.
D)      A diversidade ideológica  no grupo social permite uma maior  coesão dos seus membros na cooperação por uma educação de qualidade e cidadã.
E) Numa competição como a da charge, notamos uma necessidade de formar subgrupos que permitem uma cidadania igual para todos.