segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Trabalho após a desintegração do feudalismo

No processo de desintegração das relações sociais de produção feudal, passou a ocupar lugar central a organização de manufaturas, ampliando com a divisão do trabalho a produtividade dos agentes envolvidos na fabricação das mercadorias. As duas principais classes que surgiram dessa desintegração foram:
  1. aristocracia e escravos
  2. aristocracia e servos
  3. burguesia e trabalhadores assalariados.
  4. burguesia e servos.
  5. aristocracia e trabalhadores assalariados.

A origem do capitalismo.

A origem do capitalismo remonta a um longo processo de transformações sociais iniciado em fins da Idade Média, principalmente com a expansão comercial marítima e o renascimento urbano, que passou a ser hegemônico na Europa Ocidental apenas em fins do século XVIII e início do XIX. Sobre as características do desenvolvimento capitalista neste período, indique qual das alternativas sobre o tema, expostas abaixo, está incorreta.
  1. Nos séculos finais da Idade Média houve uma transformação no caráter autossuficiente das propriedades feudais, em que as terras começaram a ser arrendadas e a mão de obra começou a ser remunerada com um salário.
  2. A burguesia medieval implantou uma nova configuração à economia europeia, na qual a busca pelo lucro e a circulação de bens a serem comercializados em diferentes regiões ganharam maior espaço.
  3. A prática comercial experimentada imprimiu uma nova lógica econômica em que o comerciante substituiu o valor de uso das mercadorias pelo seu valor de troca.
  4. Além de possibilitar uma impressionante acumulação de riquezas, o capitalismo mercantil criou uma economia de aspecto monopolista, na qual as potências econômicas se recusavam a realizar acordos, implantavam tarifas e promoviam guerras com o objetivo de manter seus domínios comerciais.
  5. A experiência da Revolução Industrial imprimiu um novo ritmo de progresso tecnológico e integração da economia em que percebemos as feições mais próximas da economia experimentada no mundo contemporâneo.

A máquina a vapor de James Watt.

(UERJ) Livre-se desta indiferença estúpida, sonolenta e preguiçosa [...]. Em que caminho da vida pode estar um homem que não se sinta estimulado ao ver a máquina a vapor de Watt?
YOUNG, Arthur. Viagens na Inglaterra e no País de Gales. Apud Hobsbawm, Eric J.  A era das revoluções. Rio de janeiro: Paz e Terra, 1981.
Apesar do otimismo do autor do texto acima, o processo da Revolução Industrial, que se iniciou por volta da década de 1760, na Inglaterra, promoveu uma série de transformações na sociedade inglesa, tais como:
  1. mudança no significado da palavra trabalho, passando a expressar dor e desprestígio social.
  2. ampliação da divisão do trabalho, buscando maior produtividade e controle sobre os operários.
  3. declínio das atividades agrícolas, provocando arrendamento das propriedades rurais e desvalorização da terra.
  4. aumento das exigências tecnológicas, levando à capitalização industrial e ao abandono das técnicas artesanais

"A Riqueza das Nações"

(UFRS) Na sua obra clássica, publicada em 1776, “A riqueza das Nações”, o escocês Adam Smith descrevia o funcionamento de uma forma de produção de alfinetes:
“um puxa o arame, o outro o endireita, um terceiro o corta, um quarto o afia, um quinto o esmerilha na outra extremidade para a colocação da cabeça; para se fabricar a cabeça são necessárias duas ou três operações distintas; a colocação da cabeça é muito interessante, e o polimento final dos alfinetes também; até a sua colocação no papel constitui, em si mesma, uma atividade...”
Smith dizia que 10 homens, dividindo o trabalho, produziam ao fim de um dia 48 mil alfinetes. Se a produção fosse artesanal, um homem produziria apenas 20 alfinetes por dia e os 10 homens juntos somente 200 alfinetes.
Com base nas afirmações acima, assinale a alternativa que responde corretamente às questões a seguir.
Que forma histórica do trabalho está sendo descrita por Adam Smith? Quais as principais consequências econômicas dessa nova forma de produção, defendida por Smith como real avanço para a sociedade?
  1. A divisão manufatureira do trabalho – o aumento da produção e a liberdade do comércio.
  2. A produção artesanal – a industrialização e a liberdade de comércio.
  3. A divisão manufatureira do trabalho – o aumento da produção e o monopólio do comércio.
  4. A produção artesanal – o aumento da produção e a liberdade de comércio.
  5. A cooperação fabril – a industrialização e o monopólio do comércio.

Hobbes: Leviatã



Porque as leis de natureza (como a justiça, a equidade, a modéstia, a piedade, ou, em resumo, fazer aos outros o que queremos que nos façam) por si mesmas, na ausência do temor de algum poder capaz de levá-las a ser respeitadas, são contrárias a nossas paixões naturais, as quais nos fazem tender para a parcialidade, o orgulho, a vingança e coisas semelhantes.
HOBBES, Thomas. Leviatã. Cap. XVII. Tradução de João Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p. 103.
Em relação ao papel do Estado, Hobbes considera que: 

A) O seu poder deve ser parcial. O soberano que nasce com o advento do contrato social deve assiná-lo, para submeter-se aos compromissos ali firmados.
B) A condição natural do homem é de guerra de todos contra todos. Resolver tal condição é possível apenas com um poder estatal pleno.
C) Os homens são, por natureza, desiguais. Por isso, a criação do Estado deve servir como instrumento de realização da isonomia entre tais homens.
D) A guerra de todos contra todos surge com o Estado repressor. O homem não deve se submeter de bom grado à violência estatal.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Charge Governo x cidadão


Maquiável e o Estado



(ufu)
Em seus estudos sobre o Estado, Maquiavel busca decifrar o que diz ser uma verità effettuale, a verdade efetiva‖ das coisas que permeiam os movimentos da multifacetada história humana/política através dos tempos. Segundo ele, há certos traços humanos comuns e imutáveis no decorrer daquela história. Afirma, por exemplo, que os homens são ingratos, volúveis, simuladores, covardes ante os perigos, ávidos de lucro‖. (O Príncipe, cap. XVII)
Para Maquiavel:
A) A verdade efetiva‖ das coisas encontra-se em plano especulativo e, portanto, no dever-ser.
B) Fazer política só é possível por meio de um moralismo piedoso, que redime o homem em âmbito estatal.
C) Fortuna é poder cego, inabalável, fechado a qualquer influência, que distribui bens de forma indiscriminada.
D) A Virtù possibilita o domínio sobre a Fortuna. Esta é atraída pela coragem do homem que possui Virtù.

sábado, 15 de agosto de 2015

Mercadoria e Trabalho

(UEL – 2006) O misterioso da forma da mercadoria reside no fato de que ela reflete aos homens as características sociais do seu próprio trabalho, como características objetivas dos próprios produtos do trabalho e, ao mesmo tempo, também da relação social dos produtores com o trabalho total como uma relação social existente fora deles, entre objetos. (Adaptado: MARX, Karl. O Capital. São Paulo: Nova Cultural, 1988. p. 71.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, é correto afirmar que, para Marx:
a) As mercadorias, por serem objetos, são destituídas de qualquer vinculação com os seus produtores.
b) As mercadorias materializam a harmonia presente na realização do trabalho alienado.
c) Os trabalhadores, independentemente da maneira como produzem a mercadoria, são alijados do processo de produção.
d) As mercadorias constituem-se em um elemento pacificador das relações entre patrões e trabalhadores.
e) A mercadoria, no contexto do modo capitalista de produção, possui caráter fetichista, refletindo os aspectos sociais do trabalho.

Classes Sociais



(UFU?2013) Temos um trabalhador numa determinada indústria. Suponhamos que ele conheça o dono da pequena indústria em que trabalha e que tenha até uma boa amizade com ele. Em determinado momento, porém, acontece uma greve. Apesar da amizade entre o trabalhador e seu patrão, provavelmente durante a greve ambos estarão colocados em lados opostos.

TOMAZI, Nelson. Iniciação à Sociologia. São Paulo: Atual, 1993. p. 13-14.

Este exemplo, tomado para introduzir uma reflexão sobre conceitos elaborados por Marx, em sua crítica à sociedade capitalista, remete, claramente, à noção de “classes sociais”, entendida no marxismo como 

A) grupos de indivíduos que compartilham os mesmos motivos para realizarem ações sociais.
B) grupos de indivíduos que agem de forma semelhante em face de um mesmo fato social.
C) grupos de indivíduos que possuem a mesma crença com relação aos valores que precedem suas ações.
D) grupos de indivíduos que ocupam uma mesma posição nas relações sociais de produção.

A Classe Operária

       Considere os trechos a seguir.
 A classe operária não pode apossar-se simplesmente da maquinaria de Estado já pronta e fazê-la funcionarcpara os seus próprios objetivos.(MARX, Karl.A revolução antes da revolução. São Paulo: Expressão Popular, 2008, p.399.)
 
Também do ponto de vista histórico, contudo, o “progresso” a caminho do Estado regido e administrado segundo um direito burocrático e racional e regras pensadas racionalmente, atualmente, está intimamente ligado ao moderno desenvolvimento capitalista. (WEBER, Max.Parlamento e governo na Alemanha reordenada: crítica política do funcionalismo e da natureza dos partidos. Petrópolis:Vozes, 1993, p.43.)
 
       Com base nos trechos, compare as concepções clássicas de Estado formuladas nas obras de     Karl Marx e Max Weber.
QUESTÃO 1 – EXPECTATIVA DE RESPOSTA

     Resposta esperada
Espera-se que o candidato demonstre conhecimento e aplicação do conceito de Estado em Marx e Weber. A aplicação
dos conceitos dos autores para a compreensão do Estado será revelada se o condidato, além de apresentar os con-
ceitos, for capaz de, por meio da comparação, estabelecer as relações entre as duas compreensões teóricas distintas.
A visão de Estado como aparato da classe dominante, no capitalismo, a classe burguesa; a visão de Estado como
dominação racional baseada na organização burocrática e impessoal

terça-feira, 7 de julho de 2015

Só a Educação Produz Cidadania



1)   (UFPE) Observe a charge a seguir:

http://digosemmedo.blogspot.com.br/2011/08/so-educacao-produz-cidadania.html


Notamos nela a presença de um processo social importante para a compreensão das mudanças e/ou transformações que ocorrem de forma contínua e que refletem determinados tipos de relações sociais:
A)      O processo social nela apresentado é denominado conflito, pois destaca um grupo em rivalidade buscando uma educação mais justa.
B)       A cidadania produzida pela educação é um processo dissociativo e se encontra em constante transformação.
C)       A cooperação na construção de uma educação cidadão permite que dois ou mais indivíduos atuem em conjunto para tornar o seu grupo mais atuante na formação de uma sociedade mais justa.
D)      A diversidade ideológica  no grupo social permite uma maior  coesão dos seus membros na cooperação por uma educação de qualidade e cidadã.
E) Numa competição como a da charge, notamos uma necessidade de formar subgrupos que permitem uma cidadania igual para todos.